O homem durante toda a sua história, traz consigo mudanças que o acompanham
século a século. A globalização e o avanço do neoliberalismo são transformações
marcantes do século XXI que influenciam o mundo, a sociedade e inclusive a escola. Com o
avanço das novas tecnologias temos o desenvolvimento de novas formas de comunicação
inseridas no cotidiano de cada um. A televisão, por exemplo, possui uma posição
diferenciada no meio familiar comparado a décadas atrás.
A comunicação por satélite, e principalmente por internet, modificou no homem o
conceito sobre tempo e espaço. Hoje é possível saber o que ocorre do outro lado do mundo
em tempo real. A distância entre os países diminuiu e a informação está à disposição de
todos, a ponto de se ter acervos de bibliotecas, de artes, revistas, jornais, ao passo de um
click. A facilidade de se obter informação é inegável, mas como o homem lida com inúmeras
mensagens que somam valores e que interferem no modo do homem perceber o mundo?
Como o poder da mídia influencia na subjetivação do sujeito no contexto atual da sociedade
da informação e do conhecimento? Aliás, informação e conhecimento são palavras
interligadas, mas diferentes em seus conceitos. O que temos atualmente é a facilidade de
obtermos informação que pode ou não gerar o conhecimento. E este sempre foi o papel da
escola.
Mas como posso querer gerar conhecimento considerando o professor, apenas um
transmissor de informações, como antigamente? O mundo mudou já que está mergulhado
de novas tecnologias, novas formas de comunicação que se utilizam ao mesmo tempo de
sons, imagens e movimentos. Como a escola está lidando e usufruindo dessas novas
linguagens no meio educacional, para promover o conhecimento? Afinal, qual a posição da
escola diante deste novo contexto social, econômico e tecnológico? A realidade é que a
escola não acompanhou os passos da sociedade e ainda insiste em trabalhar com um
sistema educacional calcado nas ideologias do século XVIII. O resultado que temos é o
discurso da maioria dos professores sobre a falta de interesse e indisciplina por parte dos
educandos.
Está claro que uma mudança precisa ocorrer, é necessário construir uma nova visão
da educação calcada no contexto da sociedade atual. O conhecimento deve ser gerado
sobre a base do aprender a pensar, do aprender a aprender e do aprender a fazer. É
necessário que exista uma ressignificação dos espaços de aprendizagem, de tal forma que
eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. Para
isso, o tema da aula não basta ser “do gosto” dos alunos. O essencial é que desperte a
curiosidade por novos conhecimentos. Neste raciocínio, poderíamos pensar em algo que
uniria o gosto, a curiosidade e o conhecimento. E porque não através do cinema de
animação?
texto na integra: http://aveb.univap.br/opencms/opencms/sites/ve2007neo/pt-BR/imagens/27-06-07/Cognitivas/trabalho_116_alzino_anais.pdf
DE:
Tatiana Cuberos Vieira
Maria Eugênia Castanho
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Programa de Pós-Graduação em Educação
TIC’s integração e desenvolvimento