06/05/2011

Concurso Nacional de Animação para Internet


O "Concurso Nacional de Animação para Internet - CCBB" tem, em 2010, sua primeira edição promovida pelo Anima Mundi com patrocínio do Banco do Brasil e apoio da BRASILCAP.


O Concurso visa fomentar a realização de filmes de animação e o surgimento de novos roteiristas, animadores e diretores no Brasil, além de estimular o debate da sociedade em torno do tema a ser proposto aos competidores em cada edição.


O tema "Água", proposto pelo CCBB para a edição 2010, tem como foco o debate em torno do uso sustentável, do consumo consciente, do adequado tratamento de resíduos e da conservação dos recursos hídricos pela sociedade brasileira, tema em alusão ao projeto “Água Brasil”, promovido pelo BB em conjunto com a Fundação Banco do Brasil, a WWF Brasil e a Agência Nacional de Águas.

maiores informações: http://www.animamundi.com.br/pt/agua/informacoes/apresentacao:477.html

acesso em 06-05-11

12/04/2011

Rio Cumpre sua Promessa e Diverte a Todos




Desde que foi anunciado o filme Rio com direção do brasileiro Carlos Saldanha, a expectativa só cresceu, principalmente para nós, brasileiros. Uma animação ambientada na cidade maravilhosa, tendo uma Ararinha Azul como protagonista parecia mesmo uma aventura mágica. E é. Rio tem elementos que nos encantam desde as paisagens da capital carioca que estão reconstruídas em detalhes à música envolvente que fica em nossa mente por muito tempo. Eles valorizam o samba, claro, mas tem também um baile funk e referências à Bossa Nova. Na segunda parte dos créditos, ainda vem uma música com Ivete Sangalo cantando, se você é fã da baiana, é legal ficar para escutar. Apesar de alguns detalhes forçados, uns poucos estereótipos e uma explicação completamente falha, Rio é a típica boa animação. Bem feita, divertida, envolvente, que dá vontade de ver de novo.

Blu é um macho de Ararinha Azul, uma espécie em extinção. Vive em Minnesota com sua dona Linda que o trata como uma criança minada. Tudo muda quando Túlio, um biólogo especialista em aves, os visita dizendo que ele é o último macho da espécie e que precisa cruzar com a fêmea que está no Brasil para que não sejam extintos. Blu embarca para o Rio de Janeiro e lá vive uma aventura incrível, ao ter que fugir de traficantes de aves que tem um pássaro estranho como guarda-costas. O problema é que Blu nunca aprendeu a voar, o que complica muito sua vida e a de Jade, a Ararinha Azul fêmea, já que ela está presa a ele por uma corrente.

Antes de tudo, o óbvio: Rio é uma animação americana, e como tal, mesmo que dirigida por um brasileiro lança mão de caricaturas e esterótipos comuns ao gênero. Então, não se perguntem que língua eles estão falando. Como um bom filme americano, essa parte da torre de Babel mundial é um pouco esquecida e nos comunicamos todos na mesma língua. Isso só fica estranho na dublagem em português quando Linda vira para um rapaz e diz estar procurando "my bird" e ele confunde com "bando". Parece que faltou um similar em português para a piada funcionar. Por outro lado, temos alguns detalhes furados, como um jogo de Brasil e Argentina em pleno Carnaval. Mas como uma das melhores piadas do filme vem dessa partida, a gente perdoa.




Outro ponto exagerado no filme é o Carnaval. Vemos as pessoas atravessando o sinal em Copacabana sambando, o segurança colocar roupas douradas para sambar ao estar sozinho e alguns outros exageros típicos da caricatura. Outro exemplo é na cena em que Linda é apresentada ao churrasco, principalmente quando o garçom chega com um prato de coração de galinha flambado. Caricatura é assim, exagera para ser engraçada, não vejo problemas. A única coisa que fica estranha e mal explicada é a inserção da Sapucaí no meio da história. É claro que Saldanha não queria perder o visual da parte mais bonita do Carnaval do Rio, mas a forma como os personagens vão parar lá chega a ser absurda. Não vou entrar em detalhes para não dar spoilers, mas nem um leigo no Carnaval carioca poderia entender aquilo. Se fosse no carnaval de rua, com os blocos que passam por várias avenidas do Rio, seria ótimo. Na Sapucaí, fica estranho....

Tirando esses detalhes que os mais chatos podem reclamar, Rio é uma animação para todas as idades. Consegue tratar com habilidade de temas polêmicos e sérios como o tráfico de animais, a extinção de espécies, a pobreza do Rio de Janeiro com suas favelas e crianças carentes e até fala sobre violência e assaltos sofridos por turistas todos os dias. A gangue de macacos assaltando o Pão de Açucar é genial. Em uma metáfora divertida, Saldanha dá seu recado. O mais interessante de Rio é falar de tudo isso sem perder o humor, trazendo para as aves o olhar principal da trama e nos envolvendo na aventura divertida de uma forma cuidada e séria.Apesar de gostar da dublagem em português o que mais lamento no filme é não ter tido a oportunidade de ver a versão original. Nós, brasileiros, temos que nos contentar apenas com a voz de Rodrigo Santoro como Túlio, o atrapalhado ornitólogo. É triste principalmente por perceber que os traços de Jade e sua personalidade lembram tanto Anne Hathaway, só pelo trailer legendado já dá para perceber que sua interpretação foi muito mais harmônica que o tom da dubladora brasileira, vide a cena da aranha nas costas de Blu. Gostaria também de ver Jamie Foxx e Will.I.Am do Black Eyed Peas formando aquela dupla engraçada de passarinhos músicos (quase uma redundância), principalmente na cena do baile funk. Jesse Eisenberg como o protagonista Blu, confesso que é o que menos tenho curiosidade. Por mim, veria as duas versões feliz, até para comparar como fiz já na distante estreia de Tarzan da Disney nos cinemas.

Rio cumpre sua promessa, e não se torna uma decepção diante da expectativa. É uma animação divertida, bem feita, que atende a todas as famílias. Seu ponto fraco talvez seja a projeção em 3D. Pouco acrescenta à história, perdendo boas oportunidades de deixar a tela mais bonita como o vôo de asa delta ou a cena das flores rosas. Mesmo a profundidade de tela é pouco perceptível. Acredito que a versão em 2D já dá conta de toda a beleza visual da animação que consegue traduzir o Rio de Janeiro em dimensões impressionantes. Dá vontade de chamar Gilberto Gil para cantar junto que "O Rio de Janeiro continua lindo". Que bom que o Brasil pode nos proporcionar esse belo filme.

conteúdo completo: http://www.cinepipocacult.com.br/2011/04/rio.html

14/02/2011

Professores podem ser substituídos por alternativas digitais? Dê sua opinião


Quando encontra dificuldade para ajudar o filho na lição de casa, Bill Gates aciona o professor Salman Khan. "Tudo fica fácil", diz Gates, que, nos últimos anos, vem gastando dezenas de milhões de dólares em sua fundação para descobrir novos jeitos de educar.

Khan foi um dos personagens que influenciaram Gates a escrever um texto em que sugere a substituição dos professores convencionais por aulas, acompanhadas de exercícios, gravadas com recursos multimeios por professores como Khan e distribuídas para todos. "É melhor uma boa aula desse tipo do que as dadas por professores medíocres", provoca o criador da Microsoft.

Muita gente está levando a sério a possibilidade de as novas tecnologias exterminarem o professor como o conhecemos. Haveria uma radicalização do ensino a distância. Já há recursos para que um curso seja dado sem interferência humana. As aulas são gravadas e todos os debates, exercícios e notas são feitos por um programa de computador.

veja: http://aprendiz.uol.com.br/content/dolumerest.mmp

31/01/2011

NA SALA DE AULA: O POTENCIAL EDUCACIONAL DO CINEMA DE ANIMAÇÃO



O homem durante toda a sua história, traz consigo mudanças que o acompanham
século a século. A globalização e o avanço do neoliberalismo são transformações
marcantes do século XXI que influenciam o mundo, a sociedade e inclusive a escola. Com o
avanço das novas tecnologias temos o desenvolvimento de novas formas de comunicação
inseridas no cotidiano de cada um. A televisão, por exemplo, possui uma posição
diferenciada no meio familiar comparado a décadas atrás.
A comunicação por satélite, e principalmente por internet, modificou no homem o
conceito sobre tempo e espaço. Hoje é possível saber o que ocorre do outro lado do mundo
em tempo real. A distância entre os países diminuiu e a informação está à disposição de
todos, a ponto de se ter acervos de bibliotecas, de artes, revistas, jornais, ao passo de um
click. A facilidade de se obter informação é inegável, mas como o homem lida com inúmeras
mensagens que somam valores e que interferem no modo do homem perceber o mundo?
Como o poder da mídia influencia na subjetivação do sujeito no contexto atual da sociedade
da informação e do conhecimento? Aliás, informação e conhecimento são palavras
interligadas, mas diferentes em seus conceitos. O que temos atualmente é a facilidade de
obtermos informação que pode ou não gerar o conhecimento. E este sempre foi o papel da
escola.
Mas como posso querer gerar conhecimento considerando o professor, apenas um
transmissor de informações, como antigamente? O mundo mudou já que está mergulhado
de novas tecnologias, novas formas de comunicação que se utilizam ao mesmo tempo de
sons, imagens e movimentos. Como a escola está lidando e usufruindo dessas novas
linguagens no meio educacional, para promover o conhecimento? Afinal, qual a posição da
escola diante deste novo contexto social, econômico e tecnológico? A realidade é que a
escola não acompanhou os passos da sociedade e ainda insiste em trabalhar com um
sistema educacional calcado nas ideologias do século XVIII. O resultado que temos é o
discurso da maioria dos professores sobre a falta de interesse e indisciplina por parte dos
educandos.
Está claro que uma mudança precisa ocorrer, é necessário construir uma nova visão
da educação calcada no contexto da sociedade atual. O conhecimento deve ser gerado
sobre a base do aprender a pensar, do aprender a aprender e do aprender a fazer. É
necessário que exista uma ressignificação dos espaços de aprendizagem, de tal forma que
eles se voltem para a formação de sujeitos ativos, reflexivos, atuantes e participantes. Para
isso, o tema da aula não basta ser “do gosto” dos alunos. O essencial é que desperte a
curiosidade por novos conhecimentos. Neste raciocínio, poderíamos pensar em algo que
uniria o gosto, a curiosidade e o conhecimento. E porque não através do cinema de
animação?

texto na integra: http://aveb.univap.br/opencms/opencms/sites/ve2007neo/pt-BR/imagens/27-06-07/Cognitivas/trabalho_116_alzino_anais.pdf

DE:
Tatiana Cuberos Vieira
Maria Eugênia Castanho
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Programa de Pós-Graduação em Educação
TIC’s integração e desenvolvimento
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